A decisão da UGT foi aprovada por unanimidade, embora a central sindical mantenha a porta aberta a negociações que possam reverter a paralisação.
Esta será a quarta greve geral em Portugal desde o 25 de Abril, sendo todas motivadas por alterações às leis do trabalho.
O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, afirmou que o que “vem aí é mau demais. Somos obrigados a fazer uma greve”, criticando uma proposta que, na sua perspetiva, “individualiza os vínculos laborais, precariza as relações de trabalho e que pode causar perturbação social”.
Apesar da marcação da greve, a UGT recebeu um novo documento do Governo, mas considerou-o insuficiente para desconvocar a paralisação. O Governo, pela voz do ministro da Presidência, Leitão Amaro, reagiu afirmando estar de “portas abertas” ao diálogo para evitar uma greve que “não serve os interesses dos portugueses”.
A ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, acusou a UGT de querer “romper as negociações”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou a um “espírito de concertação social” para se obter “o máximo consenso possível”, não tanto para travar a greve, mas “para encontrar um caminho relativamente à lei que vai ser debatida no parlamento”. A convocatória conjunta das duas centrais sindicais, algo que não acontecia desde 2013, no tempo da 'troika', marca um momento de forte contestação social às políticas laborais do executivo.














