As regiões mais afetadas pelo mau tempo foram a Península de Setúbal, a Grande Lisboa e o Algarve. Entre quinta-feira e o final da tarde de sexta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil registou mais de 2.800 ocorrências, na sua maioria inundações (cerca de 1.500) e quedas de árvores (mais de 500). O incidente mais trágico ocorreu em Fernão Ferro, no Seixal, onde um casal de idosos, ambos com 88 anos, morreu afogado dentro da sua habitação, que ficou completamente inundada.
No total, a tempestade provocou 32 desalojados e obrigou a 18 operações de salvamento. No Algarve, o distrito de Faro foi particularmente atingido por um fenómeno de vento extremo, com rajadas que atingiram os 112 km/h, causando quedas de árvores e a destruição de estruturas e edifícios. Em Ferreira do Alentejo, um fenómeno semelhante, descrito como um “tornado”, arrancou telhados de uma casa e de uma loja.
Em Nisa, no Alentejo, dez habitações ficaram parcialmente destelhadas.
A tempestade causou também problemas em infraestruturas, como o colapso de uma estrada em Azeitão e o encerramento da Piscina Municipal da Moita.
As autoridades realizaram vários resgates, incluindo o de dois tripulantes de um veleiro que encalhou no Tejo, em Algés, e de um idoso de 72 anos que ficou preso no seu carro numa ribeira no Fundão. Os distritos de Setúbal, Beja e Faro permanecem sob aviso laranja para sábado, com a previsão de continuação de chuva e vento forte.














