O Ministério Público (MP) justifica a recusa com o facto de o processo estar em segredo de justiça desde abril, uma decisão que prevalece sobre os pedidos de consulta, mesmo que estes tenham sido submetidos anteriormente. A polémica arrasta-se há mais de um ano, com António Costa a tentar aceder ao processo no qual é visado para consulta. O MP, através de um comunicado, clarificou que a data de um pedido de consulta é “irrelevante” para a decisão de indeferir o acesso, uma vez que o segredo de justiça foi decretado.
A Procuradoria-Geral da República tem mantido o silêncio sobre o caso, recusando-se a fazer comentários adicionais.
Apesar da recusa de acesso, o MP assegurou que o inquérito nunca esteve parado e que algumas das investigações associadas se encontram em fases “bastante avançadas”. A situação gerou críticas por parte de figuras como os ex-presidentes da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e do PSD, Rui Rio, signatários do “Manifesto dos 50”, que consideram a situação inaceitável e um sinal de “falta de transparência”, defendendo que o MP deve uma “explicação” a Costa.
Alegam que, sem um escrutínio independente, estes processos arriscam-se a arrastar-se indefinidamente.














