A decisão reflete uma avaliação equilibrada entre os pontos fortes da economia portuguesa e os riscos persistentes, nomeadamente o elevado endividamento e a conjuntura geopolítica.
Na sua análise, a Moody's destacou a “economia competitiva e diversificada do país, bem como o seu nível de vida relativamente elevado” como fatores que sustentam a classificação. A agência elogiou também a “elevada solidez institucional e de governação” de Portugal, que contribui para a robustez do seu perfil de crédito. A perspetiva estável indica que, na visão da agência, os riscos para o perfil de crédito de Portugal “estão equilibrados”.
Apesar de reconhecer as melhorias orçamentais recentes, a Moody's continua a apontar o elevado endividamento como um fator limitativo.
A suscetibilidade ao risco foi classificada como “moderada e está relacionada com o risco geopolítico”.
Esta decisão torna a Moody's a única das principais agências de 'rating' a não ter subido a notação de Portugal este ano, mantendo-se como a mais pessimista na sua avaliação. A agência não prevê que a atual incerteza política afete significativamente as projeções de crescimento económico de 2% e a trajetória de redução da dívida pública.














