José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), falou pela primeira vez sobre a tentativa de homicídio de que foi vítima às mãos da sua própria filha, Ana Anes, a 20 de outubro. Em entrevista, descreveu os momentos de terror que viveu e afirmou acreditar que o ataque foi premeditado. Durante a entrevista, Anes recordou as palavras da filha durante o ataque: "'Vais morrer', era só isto que ela dizia".
O antigo especialista em segurança revelou o profundo trauma do sucedido, admitindo a sua dificuldade em perdoar: "Que Deus perdoe a minha filha, eu ainda não consigo".
Anes acredita que "aquilo foi tudo planeado, não uma questão repentina", e expressou o receio de que a filha possa tentar fazer-lhe mal novamente. O caso foi analisado por comentadores como um exemplo de violência em contexto familiar, com o psicólogo Mauro Paulino a sublinhar que "este não é um caso raro de violência em contexto familiar". A filha de Anes arrisca uma pena de até 16 anos de prisão.
O relato na primeira pessoa trouxe uma nova dimensão a um caso que chocou a opinião pública, ilustrando a complexidade e a gravidade da violência doméstica.
Em resumoO testemunho de José Manuel Anes sobre a tentativa de homicídio por parte da sua filha revelou a brutalidade do ataque e o profundo impacto emocional na vítima. O caso destaca a severidade da violência familiar e levanta questões sobre a premeditação e o futuro, com Anes a temer pela sua segurança.