O braço-de-ferro entre o executivo e os sindicatos marca a atualidade política e social, com a UGT a admitir um endurecimento da luta. A greve geral, marcada pela CGTP e pela UGT para 11 de dezembro, surge como resposta a um anteprojeto que, segundo os sindicatos, representa um "retrocesso" nos direitos dos trabalhadores. Mário Mourão, secretário-geral da UGT, afirmou que "o Governo encostou a UGT à parede" e admitiu que a paralisação poderá ser alargada para dois dias se não houver cedências significativas por parte do executivo. Mourão revelou que as empresas já estão a adiar a negociação coletiva à espera da nova lei, dando o exemplo da EDP.
Do lado do PCP, o candidato presidencial António Filipe classificou a proposta como uma "ofensiva em grande escala contra os direitos dos trabalhadores", garantindo que, se fosse Presidente, a submeteria ao Tribunal Constitucional. A contestação alastrou-se a outros setores, com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) a aprovar por unanimidade a adesão à greve, considerando que "a defesa dos direitos laborais é inseparável da defesa da profissão médica e do SNS".
Apesar de notícias sobre um possível recuo do Governo em alguns pontos, como a limitação do 'outsourcing', os sindicatos mantêm uma postura de firmeza, alegando que as novas propostas recebidas "até são piores" em certos aspetos.














