O frente a frente foi caracterizado por trocas de acusações, interrupções e divergências sobre temas como imigração, saúde e o papel do Presidente da República.

O debate, moderado por José Alberto Carvalho, viu André Ventura focar-se em colar António José Seguro à "herança do PS", criticando a gestão socialista em áreas como a saúde e acusando o seu oponente de querer "ser tudo". Seguro, por sua vez, tentou distanciar-se do legado mais recente do seu partido, acusando Ventura de estar "na eleição errada" e de fugir às perguntas sobre as suas próprias polémicas, como uma tese de 2013 onde criticava a "estigmatização de minorias". A imigração foi um dos pontos de maior tensão, com Ventura a usar o tema para atacar um pacto para a saúde proposto por Seguro. Analistas consideraram o debate renhido, com alguns a apontarem uma ligeira vantagem para Seguro, que terá conseguido "surpreender mais e conseguiu trazer (pouca mas alguma) agenda de campanha", nomeadamente na área da saúde.

Paulo Baldaia e outros analistas do Expresso atribuíram a Seguro os "melhores argumentos". No entanto, outros, como Rui Calafate, consideraram que "Ventura foi muito mais eficaz em fidelizar do que Seguro a tentar conquistar".

O confronto foi descrito como um duelo entre "o professor de retórica e o aluno endiabrado", onde ambos os candidatos procuraram marcar o seu terreno e definir as suas posições, muitas vezes atropelando o moderador e recorrendo a "picardias" e "conversa de chacha".