O tribunal considerou, por unanimidade, que nenhum dos crimes imputados ao ator pelo Ministério Público foi provado durante o julgamento, que teve início em outubro. A juíza presidente sublinhou que o depoimento da vítima foi "incongruente" e que esta apresentou várias versões dos factos ao longo do tempo, o que minou a sua credibilidade.

Segundo a sentença, a queixosa "mostrou toda a vontade de estar com o arguido", o que contraria a narrativa de sequestro e coação. O próprio Ministério Público, nas alegações finais, já tinha pedido a absolvição de Carloto Cotta por falta de provas.

À saída do tribunal, o ator mostrou-se emocionado e afirmou sentir-se "como me sentia antes.

Inocente", agradecendo aos jornalistas "pelo profissionalismo".

O seu advogado, Rui Patrício, expressou satisfação com a "fundamentação inequívoca do tribunal, que não deixa dúvidas sobre as razões da decisão". Em contrapartida, a advogada da acusação, Cristina Borges Pinho, mostrou-se surpreendida com a decisão, considerando o depoimento da sua cliente "do mais credível" que já viu e anunciou que irá analisar a possibilidade de recorrer da sentença.

O caso levanta questões sobre o impacto de acusações desta natureza na vida pública dos visados, mesmo após uma absolvição.