Apesar de existirem aproximações, persistem divergências em pontos cruciais como o banco de horas individual.

Numa reunião com a Ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, o Governo decidiu "conceder à UGT o tempo suficiente para fazer essa análise" sobre as propostas de alteração à lei laboral. A ministra justificou a decisão com a importância da UGT como "um parceiro muito forte", apesar de o clima ser de "aproximação de greve". O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, aplaudiu a "maior abertura" do executivo, mas afirmou que "há muita pedra para partir" e que, de momento, "não há condições para desconvocar a greve nem para acordo".

O pré-aviso de greve será entregue esta quinta-feira.

A última proposta do Governo recua em algumas das limitações ao horário flexível e repõe a majoração de até três dias de férias para trabalhadores assíduos, uma regra que vigorou até à intervenção da 'troika'. No entanto, mantém pontos de discórdia, como a recuperação do banco de horas por negociação individual, que a UGT considera uma "linha vermelha", e a simplificação dos despedimentos.

O candidato presidencial André Ventura criticou a UGT, afirmando que a central sindical está a ser "fortemente manipulada pelo PS" e que não parece estar "preocupada com a defesa dos trabalhadores".