A defesa alega ter tido conhecimento pela comunicação social de que o tribunal comunicou informações sobre prescrições que não foram discutidas durante o julgamento. Em causa estão, nomeadamente, crimes de corrupção passiva e ativa ligados ao universo do empreendimento Vale de Lobo, que, segundo foi noticiado, poderão prescrever já no primeiro semestre de 2026. Num requerimento enviado ao tribunal, Sócrates afirma que esta informação sobre os prazos de prescrição não foi debatida no julgamento em curso e pede acesso ao "esclarecimento" que terá sido comunicado pelo tribunal ao Conselho Superior da Magistratura e à agência Lusa. Esta ação surge num momento em que o julgamento enfrenta novos desenvolvimentos, incluindo a recente renúncia do advogado de longa data de Sócrates, Pedro Delille. A juíza Susana Seca considerou esta renúncia uma "manobra dilatória" para atrasar o processo, uma acusação que o ex-primeiro-ministro refuta, garantindo que é o principal prejudicado e que não combinou a renúncia do seu defensor.

Sócrates acusa agora o Estado de usar as mesmas táticas dilatórias, intensificando o confronto com o sistema judicial no prolongado processo da Operação Marquês.