O plano, que favorece significativamente as posições russas, gerou forte oposição na Europa e colocou o Presidente Volodymyr Zelensky perante uma "escolha difícil".

A proposta de 28 pontos, elaborada sem consulta prévia a Kiev ou aos parceiros europeus, prevê concessões territoriais significativas por parte da Ucrânia, incluindo a cedência das áreas que ainda controla no Donbass, a redução do seu exército e a renúncia formal à adesão à NATO.

Em troca, a Rússia regressaria ao G8 e seriam levantadas sanções, com os EUA a oferecerem garantias de segurança a Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, considerou que o plano pode "servir de base para uma solução definitiva", embora tenha ameaçado ocupar mais território caso Kiev o rejeite.

Em contraste, a reação europeia foi de repúdio.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa saudou a oposição europeia a uma "paz à custa da rendição da Ucrânia", considerando que seria um "precedente gravíssimo".

O ministro Paulo Rangel criticou a ausência de consulta a Kiev.

O próprio Presidente Zelensky, numa comunicação à nação, admitiu estar a viver "um dos momentos mais difíceis" da história do país, confrontado com a escolha entre "perder a dignidade" ou "perder um parceiro fundamental".

O antigo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, defendeu que "a melhor diplomacia não se exerce publicamente" e que ambos os lados teriam de abdicar de algo para alcançar a paz.