A justificação de "razões técnicas diversas" para a falha gerou uma onda de críticas e pedidos de esclarecimento por parte de diversas figuras políticas.
Em comunicado, a PGR reconheceu a existência das sete escutas, das quais seis seriam apenas tentativas de contacto, que não foram detetadas inicialmente.
A notícia surge após o Diário de Notícias ter avançado a existência de 22 interceções omitidas aos tribunais superiores. A defesa de António Costa reagiu de imediato, exigindo que o Ministério Público apure responsabilidades e adote "as medidas que se impõem".
A polémica dominou o debate político, com o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, a exigir "cabais esclarecimentos" ao PGR, considerando a situação da "maior gravidade".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que o caso deve ser uma "lição para o futuro" e que a sensação é de que "não se aplicou a lei".
As críticas estenderam-se a candidatos presidenciais e antigos líderes partidários.
O almirante Gouveia e Melo considerou que se passou "o limite do razoável nas escutas", enquanto o ex-líder do PSD, Rui Rio, classificou a atuação do Ministério Público como "um crime gravíssimo", afirmando ter "muita dificuldade em acreditar" na instituição.














