No entanto, a linguagem relativa aos combustíveis fósseis foi significativamente enfraquecida, não incluindo qualquer menção a uma “eliminação progressiva” (“phase-out”), uma exigência de mais de 80 países e da União Europeia. A cedência deveu-se à forte oposição de países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, apoiados por outros como a Índia e a China.
A situação gerou uma rutura durante a cimeira, com a Colômbia a anunciar a convocatória de uma cimeira alternativa.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reagiu ao acordo pedindo aos países que apresentem “planos claros e credíveis para a transição dos combustíveis fósseis em energia limpa”.
Organizações ambientalistas portuguesas como a Quercus, Zero, Oikos e FEC, que acompanharam os trabalhos, consideraram que a conferência “falhou o essencial”.
A ministra do Ambiente de Portugal, Graça Carvalho, admitiu que a UE ficou isolada nas negociações por não ter trabalhado alianças, mas garantiu que o roteiro para o abandono dos combustíveis fósseis “voltará a ser trabalhado” no futuro.














