A controvérsia em torno do tratamento de escutas telefónicas que intercetaram acidentalmente o então primeiro-ministro António Costa, no âmbito da Operação Influencer, suscitou reações de figuras políticas de relevo que exigem maior rigor e cumprimento da lei por parte do sistema judicial. A Procuradoria-Geral da República (PGR) admitiu na sexta-feira que foram identificadas sete interceções em que António Costa era interveniente, mas que, "por razões técnicas diversas, não havia sido detetado inicialmente" (0e6f2967-2bc2-4115-8f7f-c28e4ac2aac2).
O atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, reagiu afirmando que qualquer escuta a um chefe de governo exige que esteja "absolutamente assegurada a legalidade dessa acção" (cd5f6a32-8459-43e9-8cc6-3149d7354061).
A comentadora e ex-ministra Alexandra Leitão foi mais crítica, sublinhando que as falhas no tratamento das escutas minam a confiança na Justiça. Segundo Leitão, "a lei é clara, mas não foi cumprida" no que diz respeito à extração e certificação imediata de conversas envolvendo o primeiro-ministro para envio ao Supremo Tribunal de Justiça (30087e76-b3c9-4707-8e4b-68f9c7a001be).
O tema marcou também a pré-campanha presidencial, com vários candidatos a pronunciarem-se sobre a necessidade de reformas e de garantir a integridade do sistema judicial.
Em resumoA revelação de escutas não reportadas envolvendo o ex-primeiro-ministro António Costa gerou críticas políticas, com o atual primeiro-ministro a exigir rigor legal e comentadores a apontarem falhas que minam a confiança na justiça.