Os imigrantes eram alojados em condições sub-humanas, "amontoados" em habitações precárias, e forçados a trabalhar de sol a sol em herdades agrícolas na região, recebendo pagamentos irrisórios, como 80 euros por mês.

Os militares da GNR e o agente da PSP envolvidos são suspeitos de facilitar a atuação da rede, chegando a usar a farda para exercer coação e vigiar os trabalhadores. A operação mobilizou cerca de 200 inspetores da PJ e envolveu 50 mandados de busca em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou os crimes "graves" e apelou a uma investigação rápida para não afetar a credibilidade das instituições. A GNR repudiou os atos, afirmando que "não há lugar para pessoas cujo comportamento possa corromper o compromisso de honra", e a PSP informou que o agente detido já se encontrava de baixa prolongada. Este caso junta-se a outros recentes de agressões e abusos de forças de segurança contra imigrantes, nomeadamente em Vila Nova de Milfontes.