O Presidente Umaro Sissoco Embaló foi detido, num desenvolvimento que gerou condenação internacional. A tomada do poder pelos militares surge na sequência de um impasse pós-eleitoral, no qual tanto o presidente em exercício, Umaro Sissoco Embaló, como o candidato da oposição, Fernando Dias da Costa, reivindicaram a vitória.

As forças armadas justificaram a sua intervenção com a necessidade de restaurar a segurança e a ordem pública, anunciando o "controlo total do país".

Embaló confirmou ter sido detido no Estado-Maior do exército.

No entanto, a oposição descreveu os acontecimentos como um "falso golpe" e uma "encenação", sugerindo que poderia ser uma manobra de Embaló para suspender a contagem dos votos ou manipular os resultados.

Fernando Dias da Costa afirmou ter escapado a uma tentativa de detenção e estar "num lugar seguro", tendo também denunciado a detenção do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

A comunidade internacional reagiu prontamente, com o Governo de Cabo Verde, observadores eleitorais africanos e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, a condenarem a tomada do poder pela força e a apelarem à contenção.

O Governo português também manifestou preocupação, apelando à não-violência e ao respeito pelo Estado de direito, enquanto a embaixada em Bissau suspendeu os atos consulares, mantendo apenas o apoio de emergência aos cidadãos nacionais.