As conversas sugerem que o plano poderá ter origem em Moscovo, comprometendo a posição negocial de Kiev e a neutralidade dos EUA como mediador.

O plano de paz norte-americano para a Ucrânia tornou-se um ponto central de discórdia. Inicialmente apresentado com um prazo para aceitação por Kiev, que o Presidente Trump mais tarde removeu, classificando-o como um processo "longo e complicado", o Presidente Zelensky mostrou-se pronto para discutir a proposta, apesar dos "pontos sensíveis".

No entanto, a situação complicou-se com a divulgação pública de conversas secretas "embaraçosas" entre o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e um assessor do Kremlin. Estas conversas, ocorridas antes da apresentação formal do plano, sugerem que Witkoff poderá ter coordenado com Moscovo, chegando a aconselhar sobre como abordar Trump para enquadrar as discussões de forma otimista. Analistas citados nos artigos acreditam que isto "comprovou as suspeitas sobre a paternidade real do plano de paz", sugerindo que este teve origem num texto russo e serve os interesses de Moscovo, o que levou a acusações de que Trump está a "entregar a Ucrânia à Rússia".

Especialistas descrevem a situação como "assustadora" para a Ucrânia e a Europa, notando a aparente aproximação dos EUA à narrativa do Kremlin, enquanto afirmam ser um mediador neutro.

A União Europeia, sentindo-se marginalizada, reagiu apresentando a sua própria visão, que Fernando Medina descreveu como a "antítese do plano norte-americano", enfatizando que uma paz justa e duradoura não pode implicar a cedência de território nem a limitação das forças armadas ucranianas.