O tema dominou o debate televisivo entre Gouveia e Melo e Jorge Pinto, evidenciando as complexas dinâmicas políticas e o peso do passado na corrida a Belém.

A pré-campanha presidencial foi significativamente impactada pelo anúncio do antigo primeiro-ministro José Sócrates de que votaria em Henrique Gouveia e Melo. Sócrates justificou a sua escolha afirmando que o almirante "oferece melhores garantias de que nunca aceitará a extrema-direita no poder".

Este apoio tornou-se um tema central no debate televisivo entre Gouveia e Melo e Jorge Pinto.

O almirante expressou um claro desconforto com o apoio, reagindo com irritação quando questionado sobre o assunto.

"Ainda bem que ele disse que não tem qualquer relação comigo", declarou, tentando distanciar-se do controverso ex-líder.

Jorge Pinto aproveitou a oportunidade para criticar a lentidão da justiça no processo Operação Marquês, relacionando-a com a contínua influência de figuras como Sócrates na política portuguesa. Os comentadores notaram que o tema do apoio de Sócrates ofuscou grande parte da discussão política, com uma análise a sugerir que "Sócrates derrotou o almirante" no debate ao criar um "engulho" tão visível.

O incidente destacou a vulnerabilidade de Gouveia e Melo a associações políticas indesejadas e forneceu aos seus oponentes uma linha de ataque, demonstrando como os dramas políticos do passado continuam a influenciar o atual cenário eleitoral.