O pedido foi considerado "inaceitável" pelo tribunal, que concedeu apenas dez dias, gerando críticas do ex-governante.

José Sócrates nomeou José Preto como seu novo advogado no julgamento da Operação Marquês, após a renúncia do seu anterior defensor. José Preto, conhecido por defender figuras como Bruno de Carvalho e o espião Carvalhão Gil, solicitou imediatamente uma suspensão do julgamento por cinco meses e meio para se familiarizar com os extensos autos do processo.

O pedido foi visto por comentadores como Rogério Alves como "compreensível, mas totalmente inaceitável", argumentando que uma interrupção tão longa criaria um "enorme intervalo" nos procedimentos.

A juíza, Susana Seca, acabou por rejeitar o longo adiamento.

Em vez disso, concedeu ao novo advogado um prazo de dez dias para estudar o caso e agendou a próxima sessão para 6 de janeiro. Sócrates reagiu fortemente, acusando a juíza de querer transformar o julgamento numa "caricatura" e de desrespeitar os seus direitos de defesa, afirmando que a conversa sobre "manobras dilatórias causa-me náusea". Este desenvolvimento acrescenta mais uma camada de complexidade ao longo julgamento, com o risco de alguns dos crimes imputados, nomeadamente os relacionados com o financiamento de Vale do Lobo, prescreverem no primeiro semestre de 2026.