Embora o encontro tenha sido considerado construtivo, as divergências sobre a reforma laboral persistem.
A greve geral, convocada em resposta à proposta de reforma da legislação laboral do Governo, mantém-se agendada para 11 de dezembro. Numa tentativa de desanuviar o conflito, o primeiro-ministro Luís Montenegro reuniu-se com os líderes da UGT. O secretário-geral da central sindical, Mário Mourão, descreveu a reunião como "construtiva" e importante para "desanuviar o ambiente pesado" e retomar o diálogo, notando uma "vontade de negociar" de ambas as partes.
No entanto, afirmou também que "até à greve geral não é possível haver um acordo". A Ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho, já tinha expressado a sua convicção de que a greve iria avançar, classificando-a como "inoportuna" por ocorrer a meio das negociações e reconhecendo que havia "pouca margem" para um recuo do sindicato. O Governo esperava um desfecho diferente, mas a UGT considera insuficientes as alterações propostas à lei laboral, nomeadamente em matérias como o banco de horas individual e os contratos a termo, que a ministra continua a defender.
A manutenção da greve evidencia as profundas divisões entre o Governo e a central sindical sobre o futuro da legislação laboral em Portugal.









