O caso abala o círculo próximo do presidente num momento crucial para o futuro da Ucrânia.

A investigação, conduzida pela Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU), está relacionada com suspeitas de corrupção na empresa estatal de energia Energoatom. Yermak, que é também o principal negociador de paz da Ucrânia, confirmou as buscas e afirmou estar a "cooperar plenamente" com as autoridades.

Este escândalo surge numa altura em que decorrem negociações para um plano de paz mediado pelos Estados Unidos e em que a credibilidade do governo de Kiev é fundamental para manter o apoio dos aliados ocidentais.

Analistas políticos sublinham a gravidade da situação, considerando que esta "enfraquece a Ucrânia" e o seu presidente.

José Milhazes, comentador da SIC, destaca que o caso poderá ser explorado pela propaganda russa. Sónia Sénica, da CNN Portugal, afirma que, embora as buscas mostrem que as instituições anticorrupção funcionam, o caso tem um "efeito corrosivo" na imagem de Zelensky, que fica "muito fragilizado" politicamente.

A situação pode dar um "trunfo político" a Donald Trump para pressionar por um acordo e alimenta a perceção de instabilidade em Kiev.