A ação militar ocorreu na véspera da divulgação dos resultados das eleições gerais, gerando uma forte condenação por parte da comunidade internacional.
Após o golpe, o Presidente deposto, Embaló, fugiu para o Senegal, de onde acusou Portugal de ser "hostil quando um Presidente é muçulmano".
O líder da oposição e do PAIGC, Domingos Simões Pereira, foi detido, juntamente com outros cidadãos, mas acabou por ser libertado esta sexta-feira.
A sua família apelou à intervenção da comunidade internacional para a reposição da ordem constitucional.
A União Africana reagiu prontamente, suspendendo a Guiné-Bissau "com efeitos imediatos" de todos os seus órgãos.
A União Europeia, o PCP e especialistas da CPLP também condenaram o golpe, exigindo o respeito pela vontade popular expressa nas eleições e a libertação dos detidos.
Numa nomeação surpreendente, os militares no poder designaram Ilídio Vaz Té, antigo ministro e diretor de campanha de Embaló, como novo primeiro-ministro, acumulando também a pasta das Finanças.
O primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, considerou a situação "uma combinação" e "não normal", questionando a detenção do líder da oposição.
A instabilidade mantém os órgãos de comunicação social do país encerrados por ordem militar.









