As investigações, que duram há mais de dois anos, revelam que os agentes das forças de segurança atuavam como "mercenários" para o líder do grupo, sendo pagos para ameaçar, vigiar e agredir os trabalhadores imigrantes, que viviam em condições desumanas.
O cabecilha da rede gabava-se de ter na sua folha de pagamentos 15 elementos da GNR, dois da PSP e até uma procuradora do Ministério Público. As escutas telefónicas revelaram comportamentos de "terror e desprezo pela dignidade humana", incluindo a admissão de abusos sexuais por parte de um polícia. O sargento da GNR detido vive com uma magistrada do Ministério Público, o que obrigou a que as buscas domiciliárias fossem acompanhadas por um juiz de instrução criminal.
Dos 17 detidos, dez foram libertados com termo de identidade e residência.
Para os restantes sete, que incluem um GNR e um PSP, o Ministério Público pediu a medida de coação de prisão preventiva, cuja decisão será conhecida no sábado.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) já anunciou que irá propor a instauração de processos disciplinares aos agentes envolvidos.









