Esta medida representa um aprofundamento da integração da IA no modelo de negócio da Meta, que depende largamente da publicidade direcionada.

Na prática, se um utilizador conversar com a Meta AI sobre um determinado produto ou destino de férias, passará a ver anúncios relacionados no seu feed.

A empresa assegura que temas considerados sensíveis, como opiniões políticas, religião ou orientação sexual, serão excluídos deste processo. Christy Harris, responsável pelo departamento de privacidade da Meta, afirmou que as "políticas existentes relativas a informação que as pessoas podem considerar sensíveis continuam a aplicar-se". A empresa também garante que as conversas individuais com a IA no WhatsApp e Messenger continuarão a ser encriptadas.

No entanto, a decisão gerou preocupações sobre uma potencial "invasão" da privacidade.

Em resposta a estas preocupações, Adam Mosseri, chefe do Instagram, reiterou publicamente que a empresa não utiliza os microfones dos telemóveis para "espiar" conversas, descrevendo essa prática como uma "violação grave de privacidade". Explicou que a aparente coincidência entre conversas e anúncios resulta de outros fatores, como o histórico de pesquisa ou interesses de amigos.

Por razões regulatórias, esta nova política não será, para já, aplicada na União Europeia, Reino Unido e Coreia do Sul, onde a Meta se encontra em conversações com as autoridades locais.