Este reconhecimento destaca uma investigação fundamental que abre caminho para a "segunda revolução quântica" e o desenvolvimento de computadores quânticos.

A distinção da Real Academia Sueca de Ciências reconhece o trabalho dos três investigadores da Universidade da Califórnia, que conseguiram demonstrar e manipular fenómenos quânticos em circuitos elétricos à escala macroscópica, algo que até então era considerado extremamente difícil.

A sua investigação provou que efeitos como o tunelamento quântico — a capacidade de uma partícula atravessar uma barreira de energia aparentemente intransponível — não se limitam ao mundo subatómico, podendo ser observados e controlados em sistemas maiores.

Esta descoberta é a base para a criação de bits quânticos, ou qubits, os blocos de construção dos computadores quânticos.

Físicos portugueses, citados nos artigos, aplaudiram a decisão, afirmando que “a segunda revolução quântica está em marcha” e que esta investigação é fundamental para toda a tecnologia digital futura. Ao permitir a quantização de energia num circuito, os laureados abriram a porta para o desenvolvimento de dispositivos supercondutores que são essenciais para a computação quântica, uma área com potencial para revolucionar campos como a medicina, a ciência dos materiais e a inteligência artificial.

O prémio sublinha, assim, a importância da física fundamental como motor de inovações tecnológicas disruptivas.