O lançamento do satélite, previsto para 2027, promete transformar a conectividade global e posicionar Portugal na vanguarda da tecnologia espacial.
O objetivo do projeto é integrar tecnologias de comunicação de última geração em nanossatélites, criando um terminal capaz de operar de forma quase permanente em órbita baixa (LEO), a cerca de 500 km de altitude. A solução baseia-se em Software Defined Radio e software de código aberto, utilizando os padrões 3GPP para Redes Não Terrestres (NTN), e funcionará num chip RFSoC da AMD integrado num CubeSat 3U.
Esta abordagem tecnológica permitirá que o satélite mantenha uma ligação quase contínua com a rede terrestre, um avanço significativo face às soluções atuais que dependem fortemente de estações em terra com janelas de comunicação limitadas. O projeto, que conta com a colaboração do IST NanosatLab e da Universidade do Luxemburgo, está estruturado em três fases.
A primeira, de viabilidade, foi concluída em outubro de 2024. A segunda fase, atualmente em curso, foca-se no desenvolvimento de hardware e testes em solo, com a instalação de três estações-base 5G em Portugal (Aveiro, Monchique e Porto Santo) para assegurar a ligação com o satélite. A terceira e última fase será o lançamento em 2027.
O projeto visa não só eliminar a dependência de estações terrestres, mas também baixar os custos de comunicação e abrir oportunidades em setores como a indústria, agricultura e proteção civil.














