Executado no processador quântico Willow de 105 qubits, o algoritmo demonstrou ser 13.000 vezes mais rápido do que qualquer supercomputador clássico na resolução de problemas específicos, ao mesmo tempo que permite que os seus resultados sejam reproduzidos e verificados em outras plataformas quânticas.

Este marco representa um passo crucial para a aplicação prática da computação quântica em problemas do mundo real, como na química, biologia e ciência dos materiais. O Quantum Echoes utiliza uma técnica que envia um sinal para uma rede de qubits, perturba um deles e, em seguida, inverte a evolução do sistema para detetar o "eco" que regressa.

A amplificação deste eco revela como as perturbações se propagam pelo sistema, permitindo calcular a dinâmica de sistemas quânticos com uma precisão sem precedentes.

Em colaboração com investigadores da UC Berkeley, a equipa da Google utilizou o algoritmo para estudar a estrutura de duas moléculas, obtendo resultados que não só corresponderam aos da Ressonância Magnética Nuclear (RMN) tradicional, mas também revelaram novos detalhes estruturais.

A Google descreve esta abordagem como uma "régua molecular", capaz de medir distâncias e informações anteriormente inacessíveis.

Este avanço distingue-se de demonstrações anteriores, como o Random Circuit Sampling, por incorporar a "verificabilidade", um elemento essencial para a fiabilidade e o progresso científico na área.