As delegações, lideradas por Rustem Umerov pela Ucrânia e Vladimir Medinsky pela Rússia, retomaram o diálogo numa nova tentativa de pôr fim a mais de três anos de guerra. Contudo, o Kremlin afastou a possibilidade de "avanços milagrosos", descrevendo as conversações como "muito complicadas" devido às posições "diametralmente opostas". Moscovo mantém as suas exigências máximas, incluindo a retirada da Ucrânia das quatro regiões anexadas e a renúncia à adesão à NATO, condições que Kiev rejeita firmemente. O Presidente Volodymyr Zelensky, por sua vez, insiste na necessidade de um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de qualquer acordo político, proposta já recusada pela Rússia. O encontro ocorre sob a pressão de um ultimato de 50 dias imposto pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou Moscovo com "tarifas severas" caso não se alcance um acordo de paz. Em resposta, o Reino Unido propôs uma "campanha de 50 dias" para acelerar o fornecimento de armamento a Kiev, com o apoio da Alemanha. Paralelamente ao esforço diplomático, a violência no terreno intensificou-se. A Rússia lançou ataques massivos com drones sobre cidades como Sumy, Kramatorsk e Odessa, e anunciou planos para aumentar a sua capacidade de produção de drones para dois mil por dia, recorrendo inclusivamente a mão de obra adolescente. A Ucrânia, por sua vez, reivindicou um ataque bem-sucedido a uma importante fábrica petroquímica russa na região de Samara.
