As forças israelitas avançaram pela primeira vez para o centro de Gaza, numa área que albergava um grande número de deslocados e infraestruturas humanitárias. A operação foi precedida por bombardeamentos que, segundo a agência Wafa, causaram pelo menos 14 mortos num campo de refugiados. A situação humanitária é descrita como um "horror" pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, com relatos de que 21 crianças morreram de fome e subnutrição nas últimas 72 horas, elevando o número total de mortos para mais de 59.000. A Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou ataques diretos às suas instalações e a detenção de funcionários em Deir al-Balah. A resposta internacional foi contundente. Vinte e cinco países, incluindo Portugal, e uma comissária europeia emitiram uma declaração conjunta apelando ao fim da guerra e opondo-se a qualquer "alteração territorial ou demográfica" em Gaza, criticando os planos de colonização israelitas. O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificaram a situação como "intolerável" e "insuportável". Israel rejeitou o apelo, responsabilizando o Hamas pela continuação do conflito. A tensão é agravada por propostas de membros da extrema-direita do governo de Netanyahu para transformar Gaza numa "Riviera do Médio Oriente" após a deslocação dos seus residentes.
