Os confrontos, que eclodiram em meados de julho, já resultaram num número de mortos que, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ascende a 1.260 pessoas, incluindo centenas de civis de ambas as comunidades. A violência levou Israel a intervir militarmente, bombardeando a capital síria, Damasco. Esta ação gerou uma rara demonstração de atrito entre Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o Presidente Trump "foi apanhado de surpresa pelo bombardeamento na Síria", acrescentando que a intervenção "cria outro capítulo muito confuso" e ocorreu "num momento muito mau", segundo o enviado especial dos EUA para a Síria, Tom Barrack. O governo sírio anunciou um cessar-fogo e iniciou a retirada de famílias beduínas da zona de conflito, enviando comboios de ajuda humanitária para a região. No entanto, o clima de tensão persiste, com relatos de que os combatentes drusos retomaram o controlo da cidade de Sweida, enquanto os combates continuam noutras partes da província. O conflito realça a fragilidade da situação na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad e o risco de escalada regional.
