O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o Hamas "é o obstáculo para a libertação dos reféns" e que Israel está agora a considerar "opções alternativas para trazer os reféns para casa". Esta posição foi ecoada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que "o Hamas não quer fazer um acordo". A retirada da equipa negocial norte-americana, liderada pelo enviado especial Steve Witkoff, sinaliza uma mudança de estratégia, com Washington a ponderar "alternativas" para alcançar os seus objetivos. O Hamas, por sua vez, manifestou-se "surpreendido" com a retirada e reafirmou o seu "compromisso em concluir as negociações". A situação no terreno é catastrófica, com o Ministério da Saúde de Gaza a reportar 59.587 mortos e, mais recentemente, pelo menos 115 mortes por fome ou desnutrição. A ONU, através do subsecretário-geral Jorge Moreira da Silva, acusou Israel de uma "falta deliberada de vontade política" para permitir a entrada de ajuda humanitária, considerando a situação uma "violação clara do Direito Internacional humanitário". A comissária europeia Hadja Lahbib também instou Israel a levantar todas as restrições, sublinhando que "esta fome provocada pelo homem deve terminar".
