Durante as conversações, descritas como "sérias, francas e detalhadas", a delegação iraniana lamentou a ausência de condenação por parte dos países do E3 aos ataques de Israel e dos EUA às suas instalações nucleares. O Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, reforçou a postura desafiadora, garantindo que o enriquecimento de urânio continuará "dentro das regras do direito internacional" e que o país está preparado "para voltar a atacar nas profundezas de Israel" se necessário. A diplomacia iraniana considera o acordo nuclear de 2015 invalidado desde a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 e acusa os parceiros europeus de falta de cooperação. A ameaça do E3 de acionar o mecanismo "snapback", que permite a reimposição automática de sanções, domina o atual impasse, com Teerão a mostrar pouca vontade de ceder, sentindo-se fortalecido após o recente confronto militar.
