A situação no terreno foi descrita como desesperada, com o Papa Leão XIV a denunciar que a população está a ser "esmagada pela fome e pela violência". As mortes por desnutrição aumentaram drasticamente, afetando mais de 100.000 crianças, segundo o governo de Gaza. Relatos indicam que civis foram mortos a tiro enquanto esperavam por ajuda humanitária. Perante este cenário e a pressão de líderes europeus, as Forças de Defesa de Israel (IDF) implementaram uma "pausa tática" diária de 10 horas para facilitar a entrada de comboios da ONU e de outras organizações. Segundo o presidente israelita Isaac Herzog, esta medida é "uma necessidade moral, operacional, política e de comunicação" para, entre outros, "refutar a falsa alegação de fome intencional". Dezenas de camiões com alimentos e farinha começaram a entrar através da passagem de Rafah, no Egito. No entanto, estas pausas não significam o fim das hostilidades, e as negociações para um cessar-fogo permanecem num impasse. O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Hamas "não quer realmente fazer um acordo", enquanto o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está a considerar "opções alternativas para trazer os reféns para casa". O Hamas, por sua vez, reafirmou o seu "compromisso em concluir as negociações".
