Os confrontos, que eclodiram na quinta-feira, envolveram trocas de tiros, bombardeamentos e ataques aéreos ao longo da disputada linha de fronteira, sendo considerados "o episódio mais mortífero" em quase 15 anos. A violência forçou mais de 35.000 pessoas a fugir das suas casas no Camboja e mais de 130.000 civis a serem retirados de zonas fronteiriças na Tailândia. A escalada levou o Japão a emitir um alerta de viagem de nível 3 para as regiões afetadas, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a violência, apelando a um cessar-fogo. Perante a contínua troca de acusações, com ambos os países a responsabilizarem-se mutuamente pelo início das hostilidades, o Presidente Trump interveio, ameaçando que, se o conflito continuasse, "não haveria acordo comercial com nenhum dos países". Esta pressão económica surtiu efeito, levando os líderes de ambos os países a concordarem com um "cessar-fogo imediato e incondicional" e a iniciarem negociações. O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, aceitou o princípio do cessar-fogo, mas sublinhou a necessidade de "intenções sinceras" por parte do Camboja, enquanto o seu homólogo cambojano, Hun Manet, saudou a proposta como "uma boa notícia para os soldados e para o povo de ambos os países". Apesar do acordo, relatos no terreno indicavam a continuação de disparos de artilharia, demonstrando a fragilidade da trégua.
