Esta intervenção sem precedentes na justiça de uma nação soberana foi descrita como um "braço de ferro político". O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, endureceu o seu discurso, acusando Trump de não querer negociar e de promover um "desaforo desrespeitoso com o Brasil e a justiça brasileira". Lula lamentou ainda que o "ataque ao Brasil" tenha o apoio de alguns políticos brasileiros, referindo-se a apoiantes de Bolsonaro, que descreveu como "verdadeiros traidores da pátria". A ação de Trump gerou reações também dentro dos EUA. Um grupo de senadores democratas enviou uma carta à administração norte-americana, acusando o presidente de um "grave abuso de poder" e de interferir no sistema legal de um país soberano. Os senadores alertaram que a medida estabelece um "precedente perigoso", arrisca uma "guerra comercial desnecessária" e pode empurrar o Brasil para uma maior proximidade com a China, num momento em que os EUA procuram combater a influência chinesa na América Latina. O caso de Bolsonaro, que enfrenta uma possível pena de 40 anos de prisão, continua a ser o epicentro desta crise diplomática e comercial.
