
Violência Sectária e Interesses Geopolíticos Marcam Eleições na Síria Pós-Assad
A Síria prepara-se para as suas primeiras eleições legislativas desde a queda de Bashar al-Assad, num clima de crescente agitação e violência sectária, especialmente na província de Sweida. Os confrontos mortais entre as comunidades drusa e beduína, que resultaram em mais de 1.400 mortos, a maioria drusos, ameaçam a frágil transição política do país e atraíram a intervenção de potências regionais. Os combates em Sweida levaram a uma resposta militar de Israel, que realizou ataques aéreos em Damasco e na própria província, justificando a sua ação como uma defesa da minoria drusa. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que não permitiria que a Síria se tornasse um "segundo Líbano". Esta intervenção provocou uma reação da Rússia, com o Presidente Vladimir Putin a instar Netanyahu a respeitar a "integridade territorial" da Síria. O Presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, prometeu proteger a comunidade drusa e anunciou a retirada das forças governamentais, entregando a segurança da região a líderes locais. Neste contexto de instabilidade, as autoridades de transição anunciaram que as eleições parlamentares terão lugar entre 15 e 20 de setembro. Estas serão as primeiras eleições desde a queda do regime de Assad em dezembro de 2024, após uma ofensiva rebelde. A comunidade internacional, particularmente a França, tem estado ativamente envolvida, com o Presidente Emmanuel Macron a apelar a um "diálogo sereno" para alcançar a unificação da Síria e a mediar negociações entre Damasco e a administração curda. A França também emitiu um novo mandado de captura contra Bashar al-Assad por crimes de guerra e contra a humanidade, relacionados com os ataques químicos de 2013, uma vez que a sua imunidade como chefe de Estado cessou com a queda do regime.



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