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Mundo July 31, 2025

Acordo Comercial EUA-UE Gera Alívio e Críticas de Submissão na Europa

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia culminaram num acordo que, embora evitando uma escalada tarifária, gerou um debate aceso sobre a soberania e a força geopolítica europeia. O acordo, alcançado entre Donald Trump e Ursula von der Leyen, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre a maioria dos produtos europeus, mas não prevê reciprocidade para os bens dos EUA, que ficam isentos de taxas.

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Adicionalmente, a UE comprometeu-se a realizar avultadas compras de energia e material militar norte-americanos, no valor de 750 mil milhões e 600 mil milhões de dólares, respetivamente.

A reação na Europa foi mista.

O Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, considerou que o acordo “traz previsibilidade e estabilidade”, uma visão partilhada por outros líderes que procuravam evitar uma guerra comercial.

Contudo, vozes críticas, como a do Presidente francês Emmanuel Macron, lamentaram a debilidade europeia.

Macron afirmou que “para sermos livres, temos de ser temidos. E nós não temos sido suficientemente temidos”, considerando que a Europa “ainda não se assume suficientemente como uma potência”.

A ausência de tarifas recíprocas e os avultados compromissos de compra por parte da UE foram vistos por muitos analistas como uma capitulação, demonstrando a dependência europeia e a eficácia da política de pressão de Trump, que saudou os acordos como uma vitória política para os EUA.

ai briefingEm resumo
O acordo comercial EUA-UE evitou uma guerra tarifária total, mas o seu caráter assimétrico expôs as divisões e a percepção de fraqueza estratégica da Europa. Enquanto alguns líderes celebraram a estabilidade alcançada, outros criticaram a submissão aos interesses americanos, num episódio que levanta sérias questões sobre a autonomia e o futuro papel geopolítico da União Europeia.

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