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Mundo July 31, 2025

Protestos Violentos em Angola Deixam Dezenas de Mortos e Mais de Mil Detidos

Uma greve de taxistas em Angola, motivada pelo aumento do preço dos combustíveis, degenerou em três dias de violentos tumultos, pilhagens e confrontos, resultando num balanço oficial de pelo menos 22 mortos, 197 feridos e 1.214 detenções.

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A capital, Luanda, foi o epicentro da agitação, que também se estendeu a outras províncias, paralisando a cidade e gerando um clima de medo e instabilidade.

Os protestos, que começaram pacificamente, rapidamente escalaram para atos de vandalismo generalizado, com lojas e armazéns a serem saqueados, e bens públicos e privados destruídos.

Um relatório preliminar da Associação de Empresas de Comércio e Distribuição Moderna de Angola (Ecodima) apontou para 91 estabelecimentos comerciais vandalizados.

O Governo angolano classificou os acontecimentos como “um ataque direto ao investimento privado, à estabilidade económica e à integridade física dos trabalhadores”, prometendo firmeza contra quem “tentar mergulhar o país no caos”.

O ativista Luaty Beirão, em entrevista à Lusa, atribuiu a explosão social à “má governação e prepotência” das autoridades, que, segundo ele, ignoraram durante anos os “sinais evidentes de desgaste por parte do povo”.

A situação reflete uma profunda crise socioeconómica, com a população a enfrentar um elevado custo de vida, o que transformou a greve num catalisador para uma revolta mais ampla.

ai briefingEm resumo
Os tumultos em Angola, despoletados por uma greve de taxistas, revelaram uma profunda crise social e económica latente, resultando numa trágica perda de vidas e numa repressão em larga escala. O episódio expõe a fragilidade da estabilidade no país e constitui um sério desafio para o governo de João Lourenço, que enfrenta agora a tarefa de restaurar a ordem e responder ao descontentamento popular.

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