A medida acentua a divergência de abordagens entre os aliados ocidentais face ao conflito israelo-palestiniano.
De acordo com um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, as sanções, que consistem na recusa de vistos a membros destas organizações, foram impostas porque a AP e a OLP são acusadas de “continuarem a apoiar o terrorismo, incluindo através da incitação e glorificação da violência”. A diplomacia norte-americana justifica a decisão como sendo do seu “interesse de segurança nacional impor consequências e responsabilizar a OLP e a Autoridade Palestiniana por não cumprirem os seus compromissos e prejudicarem as perspetivas de paz”.
Esta medida punitiva surge precisamente quando países como França, Reino Unido, Canadá e Portugal sinalizam a intenção de reconhecer a Palestina, um passo que os EUA têm consistentemente bloqueado. A ação de Washington reforça a sua posição de principal aliado de Israel e aprofunda o fosso diplomático com a Europa, que vê no reconhecimento da Palestina uma ferramenta para pressionar por uma solução de dois Estados.