Os Países Baixos e a Suécia destacaram-se ao adotarem uma postura mais dura, contrastando com a abordagem mais cautelosa de outros parceiros, como a Alemanha.
O governo neerlandês declarou os ministros israelitas da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, como ‘persona non grata’, acusando-os de incitar à violência dos colonos e de apelarem à “limpeza étnica em Gaza”.
A medida implica o seu registo como “estrangeiros indesejáveis” no sistema Schengen.
Na mesma linha, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, exigiu que a UE suspendesse “o mais rápido possível” a parte comercial do acordo de associação com Israel, afirmando que “a pressão económica sobre Israel deve ser intensificada” devido à “situação absolutamente terrível em Gaza”.
Estas ações refletem uma impaciência crescente com a falta de uma resposta unificada e contundente por parte de Bruxelas. A Comissão Europeia propôs uma suspensão parcial da participação de Israel no programa de investigação Horizonte Europa, visando setores específicos como cibersegurança e drones, mas a medida ainda não obteve o consenso necessário entre os 27, evidenciando as profundas divisões políticas que paralisam uma ação europeia mais assertiva.