A situação no terreno é dramática.
O diretor executivo adjunto da UNICEF, Ted Chaiban, denunciou que “as crianças estão a morrer a um ritmo sem precedentes” e que 320 mil menores estão em risco de subnutrição aguda.
A Human Rights Watch (HRW) classificou o sistema de distribuição de ajuda como uma “armadilha mortal”, acusando Israel de usar a fome como “arma de guerra”. O embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, rejeitou estas acusações, classificando-as como “propaganda do Hamas” e afirmando que reconhecer a Palestina seria “premiar o terrorismo”.
Por outro lado, o Hamas acusou o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, que visitou Gaza, de tentar “embelezar a ocupação”.
A embaixadora da Palestina em Lisboa considerou a potencial decisão de Portugal “importante e corajosa”. O governo português, por sua vez, indicou que ouvirá o Presidente da República e os partidos antes de tomar uma decisão, que visa contribuir para uma solução de dois Estados e para a paz na região.