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Mundo August 2, 2025

Crise em Angola: Greve de Taxistas Desencadeia Violência e Repressão Estatal

Uma greve de três dias convocada por taxistas em Angola contra o aumento do preço dos combustíveis degenerou numa vaga de violência generalizada em sete províncias, incluindo a capital, Luanda.

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Os tumultos resultaram num balanço trágico de 30 mortos, 277 feridos e mais de 1.500 detenções, revelando profundas tensões sociais e económicas no país. Os protestos, que começaram pacificamente, rapidamente escalaram para atos de vandalismo, pilhagens de estabelecimentos comerciais e confrontos com as forças de segurança. A polícia foi acusada por organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, de “atuação desproporcional” e de usar os tumultos como pretexto para perseguir ativistas. O Presidente da República, João Lourenço, quebrou o silêncio para condenar os atos, que classificou como uma “ação criminosa” e uma “sabotagem à economia”, orquestrada por “organizações antipatriotas”.

Prometeu apoios às empresas afetadas, mas a sua resposta foi vista como uma tentativa de controlar a narrativa.

A detenção do vice-presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), Rodrigo Catimba, por “incitação à violência”, foi contestada pela associação, que se demarcou da greve, afirmando que esta foi executada por “pessoas estranhas”. Os relatos de moradores de Luanda, que descreveram “dias de guerra”, e a morte de civis, como uma mãe baleada enquanto procurava o filho, ilustram o elevado custo humano da crise e o clima de medo que se instalou.

ai briefingEm resumo
A explosão de violência em Angola, despoletada por uma greve de taxistas, expôs a fragilidade do tecido social e a resposta repressiva do Estado. O elevado número de vítimas e as denúncias de perseguição a ativistas levantam sérias questões sobre a estabilidade e o respeito pelos direitos humanos no país.

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