A medida, justificada por Donald Trump como uma resposta à “caça às bruxas” contra o seu aliado político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi recebida no Brasil como uma “interferência inaceitável na soberania” nacional.
As sanções visaram o juiz Alexandre de Moraes, relator do processo em que Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado. Em resposta, Moraes garantiu que iria “ignorar as sanções” e continuar os julgamentos.
A decisão dos EUA desencadeou uma onda de protestos em pelo menos doze cidades brasileiras, com manifestantes a reunirem-se em frente a consulados americanos.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou: “É uma agressão, uma interferência no judiciário brasileiro, uma interferência na soberania”.
O Presidente Lula da Silva, embora se tenha mostrado “aberto ao diálogo” com Trump, reforçou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e as suas instituições”.
A crise marca um dos pontos mais baixos nas relações bilaterais, com a política externa norte-americana a ser usada abertamente para defender interesses políticos pessoais, arriscando uma guerra comercial com uma das maiores economias da América Latina.