A sentença, de aplicação imediata, representa um momento crucial para o sistema judicial do país e um duro golpe para uma das figuras políticas mais influentes das últimas décadas.
A juíza Sandra Liliana Heredia considerou provado que Uribe, que governou o país entre 2002 e 2010, tentou manipular testemunhas para evitar ser associado a milícias de extrema-direita.
Para além da pena de prisão domiciliária, foi-lhe aplicada uma multa de 800 mil euros e a proibição de exercer cargos públicos por mais de oito anos.
A defesa do ex-presidente já anunciou que irá recorrer da sentença.
A investigação, que começou em 2018, teve várias reviravoltas, com procuradores-gerais a tentarem arquivar o caso, mas o julgamento avançou com mais de 90 testemunhas.
A condenação de Uribe, que continua a ser uma figura central da direita colombiana e da oposição ao atual governo de esquerda de Gustavo Petro, é vista como um teste à independência judicial e à capacidade do Estado de combater a impunidade ao mais alto nível. O veredicto promete ter repercussões profundas na polarizada cena política colombiana, a menos de um ano das próximas eleições presidenciais.