A troca de ameaças entre os Estados Unidos e a Rússia, juntamente com exercícios da NATO perto das fronteiras russas, marca um perigoso ponto de inflexão nas relações internacionais. A tensão foi exacerbada pela ordem do Presidente dos EUA, Donald Trump, de reposicionar dois submarinos nucleares em “zonas apropriadas” perto da Rússia. Esta ação foi uma resposta direta aos “comentários provocatórios” de Dmitry Medvedev, antigo presidente russo, que criticou o ultimato de Trump sobre a guerra na Ucrânia, descrevendo-o como “um passo para a guerra”.
A Casa Branca advertiu Medvedev para “ter cuidado com o que diz”, afirmando que estava a entrar em “território muito perigoso”. O Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, reagiu com um apelo à contenção, declarando que “numa guerra nuclear não há vencedores” e que “toda a gente deve ter muito cuidado com o que diz sobre a questão nuclear”.
Simultaneamente, a Finlândia, novo membro da NATO, realizou exercícios militares aéreos perto da sua fronteira, manobras que o embaixador russo no país, Pavel Kuznetsov, denunciou como um fator de aumento das tensões regionais. A decisão de Trump foi criticada internamente pelo seu antigo conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, que a classificou como “muito arriscada” e “imprudente”, sugerindo que o presidente não compreende o funcionamento da Marinha dos EUA. Este ciclo de provocações e respostas militares cria um ambiente de alta volatilidade, onde, como o próprio Trump admitiu, “as palavras são importantes e podem muitas vezes ter consequências inesperadas”.