Esta mudança de postura de Moscovo ocorre num contexto de intensificação dos combates e de pressão económica crescente por parte de Washington. O Presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu um prazo até 8 de agosto para que a Rússia demonstre abertura a uma trégua e ao início de negociações de paz, sob pena de enfrentar um novo pacote de sanções económicas.
Estas sanções visariam não só Moscovo, mas também os países que continuem a importar recursos energéticos russos.
Em resposta, o Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, declarou que o presidente Putin “não descarta que esse encontro [com Zelensky] seja possível depois da preparação ao nível de peritos”.
Esta declaração representa uma viragem significativa, dado que Moscovo rejeitava anteriormente qualquer encontro sem a validação dos seus “objetivos alcançados”.
Para reforçar a via diplomática, Trump anunciou que o seu enviado especial, Steve Witkoff, visitará Moscovo nos próximos dias.
Enquanto isso, no terreno, a ofensiva de verão russa avança no leste, com a conquista de Chasiv Yar, e a Ucrânia intensifica os seus ataques de longo alcance com drones contra infraestruturas russas, como um depósito de combustível em Sochi e uma estação ferroviária em Volgogrado. Paralelamente, o Presidente Zelensky anunciou que está a trabalhar numa troca de 1.200 prisioneiros com a Rússia, após negociações em Istambul.