Este diálogo, mediado pela Malásia, surge após um cessar-fogo alcançado sob forte pressão económica e diplomática, nomeadamente dos Estados Unidos.
Os confrontos, que eclodiram a 24 de julho, centram-se em disputas territoriais históricas, exacerbadas por um nacionalismo crescente em ambas as nações. A tensão mais recente foi desencadeada por incidentes em áreas disputadas, culminando em trocas de artilharia e combates que levaram à captura de soldados de ambos os lados. Um fator decisivo para o cessar-fogo de 28 de julho foi a intervenção do Presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou não celebrar acordos comerciais com os dois países se os combates persistissem.
Após a trégua, Washington reduziu as tarifas sobre produtos tailandeses e cambojanos.
A mediação da Malásia, que detém a presidência rotativa da ASEAN, foi crucial para levar as partes à mesa de negociações num local neutro. As conversações atuais visam finalizar os detalhes para uma equipa de monitorização da ASEAN e evitar novos confrontos, embora não abordem as reivindicações territoriais de fundo.
O vice-primeiro-ministro do Camboja, Sun Chantol, chegou a sugerir que Donald Trump merecia o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços em mediar o conflito, sublinhando o impacto da diplomacia norte-americana na região.