A sua criação surge após a guerra de 12 dias em junho, desencadeada por um ataque israelita que, segundo Teerão, visou instalações militares e nucleares. O conflito resultou em mais de mil mortos no Irão e 28 em Israel, segundo as autoridades de cada país.
Paralelamente ao reforço militar interno, o Irão procurou consolidar as suas alianças regionais.
Numa cimeira de dois dias, o Presidente Pezeshkian e o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, estabeleceram um acordo para triplicar o comércio bilateral, um objetivo considerado estratégico para ambas as economias. Durante o encontro, foi também discutido o futuro do gasoduto Irão-Paquistão, um projeto vital para a segurança energética paquistanesa, mas que se encontra paralisado devido à ameaça de sanções norte-americanas.
A reaproximação entre Teerão e Islamabad, que em janeiro chegaram a trocar ataques militares fronteiriços, é vista como uma tentativa de projetar unidade e autonomia regional face às pressões dos Estados Unidos e de Israel.