O acordo foi anunciado pelo Presidente Donald Trump e pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, poucos dias antes do prazo para a aplicação de tarifas "recíprocas".
Embora a taxa de 15% seja inferior aos 30% que a UE enfrentava, e igual à negociada com o Japão, o acordo inclui a promessa europeia de investir 600 mil milhões de dólares nos EUA e de comprar 750 mil milhões de dólares em produtos energéticos americanos nos próximos três anos. Em resposta, a Comissão Europeia anunciou a suspensão das medidas de retaliação que preparava contra produtos americanos.
A negociação revelou profundas clivagens na UE.
Países com grandes superavits comerciais com os EUA, como a Alemanha, pressionaram por um acordo para evitar uma guerra comercial.
Em contrapartida, França considerou o resultado uma "rendição".
O episódio foi apelidado nos bastidores de Bruxelas como o "Dia da Humilhação", alimentando a perceção de uma Europa enfraquecida e sem rumo estratégico. A falta de uma reação estrutural, como um plano de investimento robusto para compensar as perdas, reforçou a sensação de fragilidade institucional e deu força a narrativas eurocéticas.