No entanto, a ausência de três potências nucleares sublinhou as atuais divisões geopolíticas.

O evento recordou a devastação de 6 de agosto de 1945, quando a bomba "Little Boy" matou instantaneamente cerca de 80.000 pessoas, um número que ascenderia a 140.000 até ao final do ano devido aos efeitos da radiação. O testemunho de sobreviventes, como Mikio Saiki, de 92 anos, que descreveu o horror vivido, serviu para "mostrar ao mundo o verdadeiro terror das armas nucleares".

O aniversário ocorre num momento de particular tensão. A Rússia anunciou o abandono de uma moratória sobre mísseis de curto e médio alcance, uma resposta direta ao posicionamento de submarinos nucleares pelos EUA. Por seu lado, o Japão reafirmou a sua adesão aos "três princípios não nucleares", rejeitando a possibilidade de partilhar armas nucleares com os Estados Unidos.

O Papa Leão XIV também enviou uma mensagem apelando à paz e à abolição das armas nucleares, afirmando que "a guerra é sempre uma derrota para a humanidade".